Deixei que os versos
me conduzissem vida afora...
Intermináveis caminhos
se revestiram de esperança,
numa busca incessante por algo
que me despertasse para a felicidade...
Como se esta,
eterna fosse como as estrelas...
Mas um rochedo de ilusões
neblinou meu olhar
e deixei-me conduzir
por desejos alheios,
sem cor...
Permiti que outros sonhos
habitassem meu corpo...
Não refleti nas esquinas
e me entreguei a rotina,
ignorando que o finito
é máxima da vida,
a certeza incontestável
no tribunal de Deus...
Fui complacente comigo mesma,
assertiva errada,
de desejos incertos
que alma chora em silêncio,
nas madrugadas ritmadas
por pensamentos diversos,
recitados nas vozes d´alma
de um ser solitário
que debruça sobre a vida,
enquanto o tempo adormece
cimentando sobre os sonhos,
flores coloridas...
Poemas imperfeitos
sobre páginas brancas,
soltas,
levadas pelo vento
além desta vida...
Denia Dutra
Poesia - fevereiro/2015
Imagem - desenho - 1983
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